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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Esclarecimento - Utilitarismo

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Esclarecimento

Utlitarismo dos atos, das regras, das preferências e hedonismo

Classificação segundo o âmbito da escolha:
ações particulares (espécime) Vs tipos de ações (género)
Classificação segundo o objeto da escolha
U dos atos
U das regras
Hedonismo
U das preferências
Avalia cada ação em particular/separadamente, em função das consequências que produz. Rachels (p. 165) associa-o ao utilitarismo clássico. Não aceita que se deva considerar, à partida, que todas as regras são boas e inquestionáveis (169). Permite contornar o incómodo de ter de incluir exceções às regras, mas pode levar à inconsistência entre diferentes acções do mesmo indivíduo..
Considera que a avaliação/escolha não deve ser feita sobre atos individuais, mas sobre regras: “perguntamos primeiro que conjunto de regras é melhor da perspetiva utilitarista” (166). “O utilitarista das regras (…) perguntaria primeiro 'que regras gerais de conduta tendem a promover a maior felicidade?'” (166).
Tenta evitar ações inconsistentes, mas pode fazer emergir inconsistências entre diferentes princípios.
Deve-se procurar maximizar as experiências mentais de prazer e evitar as de sofrimento. Trata-se da perspetiva que nos aparece em J. Bentham.


Deve-se procurar maximizar a satisfação das preferências ou interesses (Pedro Madeira, Introdução a Utilitarismo, Gradiva, p. 23). Valoriza uma vida boa (eudemonismo), substituindo o conceito de prazer pelo de preferência, visto que algumas coisas que nos dão prazer são contra os nossos interesses, e vice-versa. Não se deve interferir com as escolhas dos indivíduos, exceto se soubermos que esta lhe é prejudicial e ue a pessoa não está a ser racional ou não possui todas as informações relevantes para essa escolha.





Nota 1: Uma vez que estamos a utilizar dois critérios de classificação diferentes, podemos ter uma teoria que seja simultaneamente, por ex., um utilitarismo das regras e das preferências.

Nota 2: Que tipo de utilitarismo corresponde à teoria de Mill? — considero que a posição de Mill é ambígua em relação a ambos os critérios de classificação.
Quanto ao âmbito: defende um utilitarismo dos atos, mas admite que i) há princípios inegociáveis que devem ser seguidos e que nos obrigam a colocar restrições que nos impedem de escolher determinadas ações porque elas são imorais; ii) há coisas que são sempre preferíveis a outras; iii) algumas escolhas devem ser feitas para a sociedade ou para a humanidade no seu todo, e têm de ser escolhidas a priori, isto é, sem poder observar, caso a caso, quais são os seus resultados concretos (mas fazemdo uma previsão dos resultados possíveis). Apesar de Mill não se explicar bem, parece reconhecer algumas falhas do utilitarismo clássico e avançar na direção de um utilitarismo das regras. Acrescente-se que pedro Madeira e James Rachels discordam na interpretação que fazem de Mill, no que respeita a ser um utilitarismo dos atos ou das regras.
Qaunto ao objeto: a procura de prazer é natural e deve ser reconhecida como um objetivo legítimo (hedonismo); no entanto, nem tudo o que dá prazer é bom. Mill resolve este problema introduzindo diferentes tipos de prazer e de satisfação que justificam que um prazer material pode não justificar uma ação, face às suas consequências espirituais, sendo preferível uma vida boa, do ponto de vista da satisfação das diferentes necessidades humanas, incluindo as espirituais (eudemonismo).

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