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Esclarecimento
Utlitarismo
dos atos, das regras, das preferências e hedonismo
Classificação
segundo o âmbito da escolha:
ações particulares
(espécime) Vs tipos de ações (género)
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Classificação
segundo o objeto da escolha
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U dos atos
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U das regras
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Hedonismo
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U das preferências
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Avalia
cada ação em particular/separadamente, em função das consequências que
produz. Rachels (p. 165) associa-o ao utilitarismo clássico. Não aceita que
se deva considerar, à partida, que todas as regras são boas e inquestionáveis
(169). Permite contornar o incómodo de ter de incluir exceções às regras, mas pode levar à inconsistência entre diferentes acções do mesmo indivíduo..
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Considera
que a avaliação/escolha não deve ser feita sobre atos individuais, mas sobre
regras: “perguntamos primeiro que conjunto de regras é melhor da perspetiva
utilitarista” (166). “O utilitarista das regras (…) perguntaria primeiro 'que
regras gerais de conduta tendem a promover a maior felicidade?'” (166).
Tenta evitar ações inconsistentes, mas pode fazer emergir inconsistências entre diferentes princípios. |
Deve-se
procurar maximizar as experiências mentais de prazer e evitar as de
sofrimento. Trata-se da perspetiva que nos aparece em J. Bentham.
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Deve-se
procurar maximizar a satisfação das preferências ou interesses (Pedro
Madeira, Introdução a Utilitarismo, Gradiva, p. 23). Valoriza uma vida
boa (eudemonismo), substituindo o conceito de prazer pelo de preferência,
visto que algumas coisas que nos dão prazer são contra os nossos interesses,
e vice-versa. Não se deve interferir com as escolhas dos indivíduos, exceto
se soubermos que esta lhe é prejudicial e ue a pessoa não está a ser racional
ou não possui todas as informações relevantes para essa escolha.
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Nota 1: Uma vez que estamos
a utilizar dois critérios de classificação diferentes, podemos ter uma teoria
que seja simultaneamente, por ex., um utilitarismo das regras e das
preferências.
Nota 2: Que tipo de
utilitarismo corresponde à teoria de Mill? — considero que a posição de Mill é
ambígua em relação a ambos os critérios de classificação.
Quanto ao âmbito: defende um utilitarismo dos atos, mas admite que i) há
princípios inegociáveis que devem ser seguidos e que nos obrigam a colocar
restrições que nos impedem de escolher determinadas ações porque elas são
imorais; ii) há coisas que são sempre preferíveis a outras; iii) algumas
escolhas devem ser feitas para a sociedade ou para a humanidade no seu todo, e
têm de ser escolhidas a priori, isto é, sem poder observar, caso a caso, quais
são os seus resultados concretos (mas fazemdo uma previsão dos resultados
possíveis). Apesar de Mill não se explicar bem, parece reconhecer algumas
falhas do utilitarismo clássico e avançar na direção de um utilitarismo das
regras. Acrescente-se que pedro Madeira e James Rachels discordam na
interpretação que fazem de Mill, no que respeita a ser um utilitarismo dos atos
ou das regras.
Qaunto ao objeto: a procura de prazer é natural e deve ser reconhecida como
um objetivo legítimo (hedonismo); no entanto, nem tudo o que dá prazer é bom.
Mill resolve este problema introduzindo diferentes tipos de prazer e de
satisfação que justificam que um prazer material pode não justificar uma ação,
face às suas consequências espirituais, sendo preferível uma vida boa, do ponto
de vista da satisfação das diferentes necessidades humanas, incluindo as
espirituais (eudemonismo).
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